6 de jun. de 2013

Conduite à Paris

Último dia com o carro, decidi dirigir por Paris pra ver como é. Por quê? Porque eu sou idiota! Meu Deus! Dirigir naquela cidade é o caos, muito carro, pouco espaço, muito pedestre e uma sinalização diferente da nossa. Os faróis, por exemplo, são baixos o que é anti-intuitivo pra quem dirige no Brasil.

Primeiro vamos as fotos. Subindo a Champs Elysées em direção ao Arco do Triunfo:



Passando pela Pont d'Iéna, na frente da Torre Eiffel:



Agora alguns videos rápidos (trilha sonora CD Recto Verso da ZAZ).

Subindo a Champs Elysées:


Dirigir no balão do Arco do Triunfo deveria ser considerado esporte radical. Levei buzinada de todo lado e até agora não entendi de quem é a preferencial naquele lugar...


Place d'Italie, perto da onde eu morava em Paris. Uma visão geral do sul:


O lugar mais legal que fui, subi a rua que o Peugeot sobe no filme Meia-Noite em Paris do Woody Allen. O personagem principal está esperando nas escadarias da igreja logo no final da rua. Essa igreja é a Saint-Étienne-du-Mont e o nome da rua é Rue de la Montagne Sainte-Geneviève. Como fica bem claro no video, essa igreja fica do lado do Pantheon.


Aqui sou eu passando pela rua da faculdade que estudei aqui, com o Pantheon na minha frente. O video é longo porque tem um cara fazendo baliza, e ele nem parece francês, faz direitinho e sem bater!


Subindo a Gay Lussac até o Jardin du Luxembourg e finalmente tendo uma vista do pantheon de frente:


Boulevard Saint-Michel, a avenida que eu mais gosto na cidade. Onde ficam os sebos legais, os restaurantes legais, o museu Cluny e que termina na fonte Saint Michel e na Notre Dame:


Entrando na Île de la Cité, a ilha no meio do Sena onde fica a Notre Dame. Infelizmente não da pra ver a Notre Dame no video, mas dá pra ver os prédios mais antigos a esquerda e o maldito prédio da burocracia que tanto me deu trabalho a direita (em obras).


Depois de devolver o carro, fui matar a saudade de escargot, que eu amo. Eu já sei comer e já sei usar a tesourinha, o garfinho e toda a parafernalha relacionada ao bichinho. Na hora que pego um deles a casca quebra e o bicho literalmente voa pelo restaurante. Ele vai parar na mesa do lado e tem tempero em tudo: em mim, na mesa, na minha roupa, na mesa do lado, na cadeira, na PAREDE!!! A mulher do restaurante não sabia se ria da minha cara ou se chorava pq ia ter q limpar... Meu celular cheirará escargot para todo sempre....


Minha mesa ficou assim... A do lado ficou pior. E a moça não limpou minha mesa, me deixou comendo na sujeira de represália, eu acho.


Saindo do restaurante em Saint Michel dou de cara com milhares de policiais e um grupo de pessoas e jornalistas concentrados na fonte. Depois de perguntar para uma repórter descobri que na noite anterior mataram um estudante ativista da esquerda francesa chamado Clement. Eles acusam fascistas e o pessoal da extrema direita de o terem assassinado. Ele morreu espanado numa estação de metro. A manifestação foi muito bonita, a galera estava com panos pretos amarrados nos pulsos e com as mãos fechadas pra cima. Na maioria do tempo estavam em silêncio, quando falavam somente falavam o nome dele. O máximo de barulho que se ouviu foram palmas quando o pessoal subiu a fonte com a faixa em homenagem a ele. Eu fiquei realmente emocionada, achei muito bonito e a prova de que o silêncio é muito mais forte do que a gritaria e quebradeira que a gente anda vendo pelo Brasil.






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